Há poucas décadas, São Paulo era um cidade cinzenta, triste, provinciana e sem atrativos. Apesar do potencial econômico, nenhum viajante se interessava em ficar por lá um minuto além do necessário. Ao contrário: tratava de resolver seus negócios e correr para casa. Turismo em São Paulo era uma piada. Sem graça.
Isto mudou. A cidade descobriu sua vocação. Hoje esbanja vitalidade e bons resultados. Em 2017 atraiu mais de 15 milhões de visitantes (20% internacionais), um crescimento de quase 4% em relação ao ano anterior.
As taxas de ocupação dos 410 hotéis com 42 mil apartamentos (62%) melhoraram quase 5%, inclusive fins de semana – calcanhar de Aquiles da hotelaria paulistana.
São Paulo tem muito para mostrar aos visitantes. Nos seus 1500 km² convivem 12 milhões de moradores de 190 nacionalidades. Ou 21 milhões, contando a população metropolitana.
Não falta o que fazer. São 53 shoppings e dezenas de ruas de comércio especializado. Os 20 mil restaurantes oferecem 52 tipos de cozinha. Só perde para New York. Há 4500 pizzarias, 600 restaurantes japoneses e 400 food trucks. Completam a diversidade de atrativos 140 teatros, 115 centros culturais, 158 museus, e 184 casas noturnas, entre outros.
Quem é o principal responsável pela mudança radical do turismo da cidade? Uma organização que não conta com um centavo do Governo. Fundada há 34 anos, no início sua meta era atrair eventos e convenções para a cidade.
Mas a São Paulo Convention & Visitors Bureau evoluiu. Com o novo nome de Visite São Paulo reflete o objetivo de conquistar também visitantes de lazer, em benefício de todos os 52 setores desta cadeia produtiva.
O mercado entendeu a proposta, que segue uma tendência mundial. Hoje o Visite São Paulo conta com 700 associados de 40 segmentos diferentes – hotéis, restaurantes, locadoras, agências e comércio, entre outros.
“A cidade de São Paulo está cada vez mais competitiva e dinâmica. Ficou impossível manter um guia atualizado, pois todo dia há novidades”, celebra Toni Sando, atual presidente da Visite São Paulo, e um dos líderes da mudança.
O resultado do trabalho surge em todas as frentes. Hotéis descobrem seu potencial como resort urbano e oferecem pacotes para festividades da cidade. Shows com artistas internacionais atraem centenas de fãs. A tendência de olhar a cidade de cima se consolida com o surgimento de dezenas de “roof tops”. E há muito mais exemplos.
Mesmo que o Brasil ainda atraia medíocres 0,5% do 1,2 bilhão de turistas mundiais, São Paulo aponta um caminho para o resto do país. Já os paulistanos têm uma dívida de gratidão eterna com pessoas como Toni Sando e equipe, assim como todos que apostaram e contribuiram para isto.
4 Comments
Excelente matéria, Fabio!
SP é a melhor cidade do mundo!
Parabéns!
Obrigado Thais. Concordo!
Não conhecia sua pagina. Li. Gostei. Seguirei! Parabéns e obrigada por essa linguagem tão simples e clara.
Sonia seja muito benvinda!
Abraços
Fabio