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Um tipo de turismo internacional cresce disparado em relação aos outros, revela um artigo da EyeforTravel. Por trás do nome genérico de turismo médico há um imenso “saco de gato”. Nele cabem não só a Medicina tradicional como extensa gama de tratamentos sob o rótulo de “saúde e bem-estar”. Vão do estético ao relaxamento físico ou espiritual.

Tratamentos não emergenciais permitem compatibilizar saúde com lazer

O tamanho do mercado

Não é para menos que países antenados com a tendência estejam em ávida disputa entre si. Afinal, são 14 milhões de pacientes que cruzam as fronteiras internacionais todos os anos. Em cada viagem gastam em média 3.800 e 6.000 dólares – entre despesas médicas, transportes e hospedagem.   De acordo com o Lonely Planet, o segmento se expande a invejáveis taxas anuais de 10%, em um mercado que já atingiu 500 bilhões de dólares.

Todo ano 14 milhões de pessoas embarcam para o exterior atrás de tratamentos médicos mais em conta

 

Os campeões do setor

Os Estados Unidos lideram o campeonato mundial da categoria com gastos anuais estimado em 200 bilhões de dólares, segundo o Global Wellness Institute. Também pudera: é possível ao cidadao norte-americano economizar gastos médicos em até 90% na Índia, 80% na Malásia e Tailândia e 65% na Turquia.

A segunda colocada é a Alemanha, com despesas da ordem de 60 bilhões de dólares. A China também apresenta um crescimento acelerado, e de um ano para outro dobrou os gastos para 30 bilhões de dólares.

Quem é o paciente?

Potencialmente, há dois grupos interessados neste tipo de viagem internacional. De um lado, são os que buscam serviços de qualidade nem sempre disponíveis onde vivem. De outro, aqueles que correm atrás de melhores custos e prazos de atendimento para suas necessidades médicas.

O turismo médico global já representa um mercado estimado em 500 bilhões de dólares

Os tratamentos mais frequentes são dentários, cirurgias eletivas (não emergenciais), fertilidade, e cosméticas. Países desenvolvidos como Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, Japão, Canadá e França tendem a atrair pacientes interessados em tratamentos mais avançados.

Na Medicina mais convencional, a disputa se dá entre países como África do Sul, Tailândia, Malásia, Singapura, a maioria deles interessada   em abocanhar um pedacinho do filão que até recentemente era explorado com sucesso apenas pela Índia. Dubai desponta como polo médico e já ocupa o 16º lugar global, e quer meio milhão de clientes por ano até 2020.

Os principais players

Não importa nacionalidade ou local do médico, pois o paciente vai ao país onde o tratamento existir e for mais em conta

Uma publicação norte-americana especializada (Patients Beyond Borders) divulgou um ranking dos principais destinos internacionais voltados ao turismo médico. São eles Estados Unidos, México, Costa Rica, Israel, Índia, Singapura, Malásia, Coréia do Sul, Taiwan, Tailândia e Turquia.

O Brasil infelizmente não se encontra entre os países de peso no turismo médico. É uma pena. Afinal, junto com tratamentos os pacientes internacionais consomem diárias de hotel, transportes, alimentação, tours, produtos e serviços. E quem mais ganharia com isto? A economia do país.

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