APP: vida sem ele fica muito complicada!
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Atenção, PASSAGEIROS AÉREOS: querem reduzir seus direitos!
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O cachorro pode até ser considerado como o melhor amigo do homem, desde que em casa. Já em aeroportos e aviões nada supera o smartphone como companheiro ideal de jornada. Isto se torna mais verdadeiro diante do crescimento exponencial nos últimos anos tanto de voos como número de pessoas que viajam.

Só mesmo a tecnologia, com sua capacidade de integrar informações entre aeroportos, aviões e passageiros, consegue colocar em ordem uma casa tão lotada. Como diziam os gurus de antigamente, para melhor entender todo o processo é preciso ter uma visão holística. No caso inclui todas as fases de um voo, da reserva de tickets à retirada da bagagem nas esteiras.

Para dar conta de tarefa tão complexa, empresas de tecnologia de informação direcionadas ao transporte aéreo atuam como incansáveis incubadeiras de inovações, visando aprimorar as comunicações. Uma das maiores é a SITA. Fundada em 1949 e presente em mais de 200 países, destina 5.5% dos US$1.6 bilhão de sua renda anual para pesquisa e desenvolvimento. As frentes de trabalho se distribuem em cinco categorias: aeroporto inteligente, passageiro digital, avião conectado, eficiência operacional e aeronave inteligente, como explica Mauro Pontes, Vice-Presidente da sucursal brasileira.

Como forma de assegurar que os produtos atendam reais necessidades e interesses do mercado, a SITA realiza pesquisas anuais de tendências com seus públicos-alvo. Uma delas é indicar que investimentos em tecnologia as companhias aéreas devem fazer para aprimorar a experiência do passageiro. Há vários exemplos de conclusões recentes. Um deles é que nada menos que 96% dos pesquisados declararam sua preferência pelas reservas diretamente no webside. Outro: para alegria do viajante, a sua reinvidicação por um atendimento mais personalizado, hoje satisfeito por apenas 20% das aéreas, deve se ampliar em três anos para 82% delas.

Claro que toda esta revolução digital só se viabiliza graças à ampla disseminação dos smartphones. Há hoje 7 bilhões de unidades, mais de 280 milhões deles no Brasil. O passageiro exige cada vez mais um serviço integrado e amigável, que o torne capaz de usar a tecnologia de seu dispositivo pessoal em harmonia com as adotadas pela indústria. Em outras palavras, quer que as diversas etapas da viagem fluam de forma natural e contínua em seu dispositivo, de ponta a ponta da jornada.

Os equipamentos móveis deixam assim de ser porta de entrada principalmente para reservas, e passam a abrigar uma gama de apps voltada ao segmento de viagens aéreas. Além de melhor experiencia do usuário, esta abordagem promove um rico veio de oportunidades para o ecossistema tanto do comércio como para os demais fornecedores do setor. Inclui, entre outras, do check-in até a gestão completa da bagagem (auto serviço, acompanhamento no percurso, retirada no destino), da localização à comunicação com o passageiro a qualquer momento, dentro ou fora do avião.

Nos próximos três anos os quiosques dos aeroportos hoje bastante burrinhos e limitados a fazer check-in, devem ficar bem mais espertos. Com isto se habilitam a ganhar funções mais nobres. Uma delas é permitir o download em tablets ou smartphones de livros e filmes para entretenimento durante o voo.  Podem ainda prestar assistência em casos de bagagem perdida ou remarcações devido a situações imprevistas ou cancelamentos de voo.

Até 2018 a maioria da companhias aéreas (68%) deve oferecer internet sem fio e serviços multimidia para dispositivos pessoais. Assim, ampliarão o poder de fogo de cada passageiro decidir qual o tipo de entretenimento preferido. Já era tempo. Pesquisas confirmam que 60% dos viajantes querem receber e enviar textos e emails, assim como 55% anseiam por obter conteúdo online.

Para quem não vive em Marte, nada disto é surpresa. Equipamentos móveis, diferente dos sistemas de entretenimento atuais, lembram escova de dentes: refletem hábitos pessoais e intransferíveis. A missão?Facilitar a vida do passageiro, tanto na terra como no céu.

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