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Quando bate a vontade de ir ao banheiro não há turista que se concentre no passeio

 

As fotos de lembrança não registram um drama comum a quem viaja a turismo em vários países europeus. São horas seguidas pelas ruas, mas que precisam ser interrompidas para fazer pipi. O passeio se torna secundário. Parece que acende uma luzinha na cabeça e uma palavrinha se repete: banheiro, banheiro, banheiro.

Mas nem sempre a situação é fácil de resolver, apesar do continente se considerar berço da civilização. A França não é exceção. Lá, as paradas hidráulicas dos turistas podem custar caro, e em certas circunstâncias traumáticas. Não sei se por se cansar de receber hordas de viajantes que usam os banheiros sem contrapartida no consumo, ou por farejar um bom negócio, o comércio gaulês costuma cobrar em média 1 Euro (mais de 5 reais) pelo uso. Um casal que durante um mês de viagem usar sanitários pagos três vezes por dia cada um, no final do período gastou 180 Euros. Lá se vai uma diária de hotel desperdiçada nos esgotos franceses. Até a filial da tradicional Galeries Lafayette na Avenida Champs-Elysées, em Paris, sucumbiu à tentação. Transformou seus sanitários em rendosa unidade de negócios, a julgar pelas filas de turistas que aguardam em frente às suas nobres toaletes.

Há casos piores. Foi o que aconteceu com uma amiga quando fomos visitar os jardins de Monet em Giverny. Depois de uma hora de trem, ela estava muito apertada, e procurou um sanitário na estação. Indicaram um banheiro químico do lado de fora. Para destravar a porta era preciso incluir moedas. Só que, por alguma razão, a porta do banheiro estava aberta. Ela entrou às pressas e se trancou. Segundos depois começou a gritar do lado de dentro. Nem ela nem ninguém conseguia abrir a porta, até ser socorrida pela mulher da limpeza.

O que aconteceu? Toda vez que um ocupante sai do banheiro químico a porta se fecha e trava. O sistema automático então entende que a cabine está vazia, desliga as luzes e higieniza o compartimento com jatos de água. Minha amiga foi enfim resgatada do escuro, mas encharcada. Por sorte, era um dia de sol e as roupas secaram rapidamente. Por via das dúvidas ela nunca mais entrou em banheiro químico. Diz que prefere urinar nas calças.

 

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